Conversas Sobre Uma Nova Vida 5
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O fim do desenvolvimento humano ou um novo começo?
Se examinarmos o desenvolvimento humano, fica claro que se originou inteiramente do nosso desejo. De tempos em tempos, o homem desejava mais e mais. Há muito tempo atrás, tínhamos pequenos desejos, como simples gente da aldeia: algumas vacas, um pequeno pedaço de terra para cultivar comida para comer, um cônjuge e filhos e isso era o bastante. O desejo era pequeno.
Então o desejo começou a crescer. Isso nos impulsionou a começar vender nossos produtos no mercado e nas cidades. E, em troca, começamos a comprar roupas finas e alguns itens especiais que não tínhamos antes. O homem chega na cidade, vê uma máquina milagrosa para cultivar a terra e começa a trabalhar ainda mais diligentemente para adquiri-la. Ou ele toma emprestado dinheiro de alguém para primeiro comprar a máquina e depois devolve o empréstimo após a venda da colheita, que é maior graças a essa máquina. Então começamos a desenvolver e estabelecer laços cada vez mais estreitos entre nós. Nosso ego cresce e impulsiona para nos desenvolver mais.
Esta é a história usual da humanidade baseada inteiramente no desejo do homem: Queremos mais e mais, mas por quê? Nosso desejo cresce. Não sei porque, mas de repente sinto que quero algo mais e mais e mais. Eu olho para os outros e vejo que todo mundo aspira a algo. E eu sigo a conduta deles porque dentro de mim há inveja, cobiça, ambição e sede de governar. Estou interessado em comprar deles coisas que são úteis para mim, mas não quero estar abaixo deles. Afinal, eu tenho um ego próprio, e não quero sentir como se estivesse perdendo. Eu quero vencer!
Se considerarmos o desenvolvimento humano nesse sentido, veremos que foi isso que nos levou adiante. Nós estávamos sempre olhando em volta e aprendendo com os outros. Havia alguns entre nós com uma imaginação ativa capaz de inventar e inovar tecnologias, economia, medicina e tudo o que pudesse ser usado para beneficiar a humanidade e satisfazer nossos desejos. É assim que nos desenvolvemos.
Quando o tempo chegou, fizemos guerras, conquistamos novos territórios e nações. Chegou então a hora de descobrirmos novos continentes, desenvolver a tecnologia e comércio. Então saímos para o espaço exterior e continuamos a nos desenvolver, até nos encontrarmos em um beco sem saída. Isso é algo que a humanidade começou a sentir por volta de 50-60 anos atrás.
A partir da década de 1960, pessoas inteligentes, engajadas no estudo do meio ambiente, da sociedade e do processo pelo qual a humanidade estava passando, começaram a nos alertar de que estávamos chegando a um beco sem saída e que simplesmente continuávamos a marchar. Algo aconteceu conosco e não pudemos mais ver onde continuar se desenvolvendo.
Na época, o programa espacial nos permitiu esquecê-la um pouco. Mas até o programa espacial acabou rapidamente. Então, se nós voarmos ao redor do globo mais uma vez, ou voarmos para a lua novamente; já fizemos tudo isso, então o que vem a seguir? Nós vimos que isso não nos ajuda muito; todas essas coisas estão no nível imóvel (inanimado), nem mesmo vegetativas ou animadas. E não conseguimos localizar nenhuma civilização alienígena apesar de nossas esperanças e sonhos de encontrar vida inteligente em outro lugar.
E aqui é aonde nós chegamos ao vazio, nos desenvolvemos a um ponto em que não temos mais para onde ir; nós não vemos nenhuma perspectiva futura. Nossa natureza interior, assim como a natureza externa, significando o mundo que sentimos ao nosso redor, não se abre mais para nós. O que quer que tenhamos, é isso e nada mais. E então as pessoas que descobriram isso, como sociólogos e filósofos (Fukuyama e outros) começaram a nos alertar e escrever muitos livros sobre o assunto, chamando-o de fim da humanidade. Por outro lado, outros cientistas afirmaram que o mundo se desenvolve ciclicamente.
Crédito imagem: kjpargeter / Freepik
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